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“A poesia não é um soltar de emoções, mas uma fuga da emoção; não é a expressão de personalidade, mas uma fuga da personalidade. E só os que têm personalidade e emoções sabem o que significa querer escapar dessas coisas." (T.S.Eliot. Tradition and the Individual Talent., 1919, Penguin 1965.
Sendo fuga ou não, que seja por sí propria. Que haja vida!
Eu vou fazer barulho
Por lenha na fogueira da inquisição
Torcer e fazer pulsar as fibras do teu coração
Fazer-te esquecer qualquer orgulho.
Vou fazer rimar, vou provocar.
E você, onde vai querer estar?
Sim, eu quero saber das viagens e dos mares
Onde irão ancorar todas as doces sacanagens
Caixa de Pandora foi feita pra ser aberta
Dessa vez vou deixar tudo escapar, menos você.
Vai como a onda quiser – Imediato... Imediato!
Eu tenho pressa para sentir - Pulsa intenso.
Deixo sobrar espaço pro pensamento criar as viagens
Mas gostosas e as formas mais momentâneas
Se é o momento quem diz não me projeto mais.
“Deixa ser como será”. Vou aprender o volátil encarar.
Também não hei de negar a minha imensa vontade de te eternizar.
Cecília não me deixa esquecer – efemeridade e medo.
Ninguém é destinado a ninguém nós que nos destinamos a algo...
Então fique, eu peço... E vivamos então...
